Gaitas de fole, homens usando saias e para comer um estômago de carneiro recheado. Isso pode soar estranho para nós brasileiros, mas essa cultura singular e pitoresca também pertence a um povo gentil, alegre, festeiro e muito hospitaleiro. Pois então, seja bem-vindo à Escócia. Uma terra que tem muito mais a oferecer que algumas doses de sua bebida mais famosa: o whisky. Unidos , mas separados entre si .
O Reino Unido é composto por 4 países:
Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Muitos viajantes, no entanto, acabam conhecendo apenas a Inglaterra e sua principal cidade, Londres. Geralmente, essa é a opção mais encontrada em agências de viagens.
Porém, como um pouco mais de tempo e planejamento, você pode e deve expandir o roteiro, conhecendo países de belezas únicas, como a Escócia. E para chegar, a melhor opção é descer no aeroporto de Londres e pegar uma avião para os aeroportos de Edimburgo (as viagens duram aproximadamente 1 hora), a capital da Escócia, ou Glasgow, a cidade mais populosa do país. Se Edimburgo for sua primeira parada, além do aeroporto, você pode optar por pegar um trem de Londres até lá, com viagens durando de 4 a 5 horas. Só para lembrar: os brasileiros não precisam de vistos nem de vacinas prévias para visitar o país. Uma pedra no caminho .
Os escoceses são extremamente simpáticos e muito orgulhosos de sua história. Façanhas pela sua liberdade (incluindo histórias de um dos mais famosos personagens escoceses Willian Walace, que inspirou Mel Gibson a criar e dirigir o filme Coração Valente) são contadas como se tivessem ocorrido há poucos anos.
E todo o orgulho e apreço por suas origens podem ser vistos pela rua da capital do país. Por isso, o primeiro ponto de visita de nossa viagem é o castelo de Edimburgo. A localização não poderia ser mais adequada: no alto de uma pedra vulcânica. Além da arquitetura, que já vale uma visita, e da impressionante vista da cidade, o castelo abriga um museu com as joias da coroa escocesa e a Pedra do Destino. A lenda conta que esse pedaço de arenito serviu de travesseiro para Jacó e foi levado para a Escócia pela filha de um faraó. Durante anos, os reis escoceses eram coroados sentandose na pedra e ela representa um dos maiores símbolos da nação.
Sopro que levanta saias .
Em Edimburgo, você vai entender que o país não possui apenas a Pedra do Destino como principal símbolo. Talvez a Escócia seja um dos poucos locais onde uma peça de vestuário é tão marcante que passa a ser um verdadeiro patrimônio cultural. Sim, nós estamos falando dos kilts. Ao contrário do que muitos podem pensar, este é um ícone da masculinidade, pois eram usados na antiguidade por guerreiros e chefes de clãs. É por este motivo que o padrão xadrez usado nestas saias nunca é igual.
Cada estampa corresponde a um clã/família diferente.
Outro símbolo que remete muito ao país é a famosa gaita de fole. Um instrumento de sopro curioso e com som característico. Pelas ruas de Edimburgo ainda é possível encontrar músicos tocando suas gaitas para alegrar os visitantes.
E vai rolar a festa !
Apesar de ligada ao passado, a Escócia possui uma efervescência cultural moderna que influencia toda a Europa. O país e sua capital, Edimburgo, durante três semanas, entre agosto e setembro, se transformam no palco global de um festival que une dança, teatro, música e artes visuais. Atualmente, este é um dos principais festivais do Velho Continente. Se você deseja entrar nesta festa, programese: vários eventos acontecem ao mesmo tempo por toda a cidade e as atrações podem ir de uma grandiosa ópera chinesa a uma prosaica e simples apresentação de bandas militares. Vale também nossa última dica: se há algo desfavorável em Edimburgo é o clima, digamos, irregular. A maioria dos passeios ao ar livre (incluindo algumas as apresentações do festival) dependem da meteorologia. Por isso, nunca se esqueça de checar a previsão do tempo.
Sem dor de cabeça depois .
Castelos, paisagens, festivais de arte. Tudo na Escócia parece atrativo, mas, com certeza, há um outro aspecto cultural que é digno de nota. Principalmente para pessoas que apreciam uma boa e forte bebida. Para quem não sabe, assim como somente os vinhos produzidos na região de Champanhe podem ser chamados de champanhe, apenas o puro malte produzido na Escócia pode ser chamado de whisky ou scotch. E o país possui diversas regiões produtoras, porém, a mais conhecida no mundo é a Highlands, com diversas destilarias que estão abertas à visitação. Se você quiser se aprofundar ainda mais, existe uma área que possui a chamada Trilha do Whisky.
A trilha, na verdade, é uma reta entre duas cidades, Elgin e Dufftown, na região de Speyside. A melhor forma de chegar ao local é alugando um carro. A viagem de Edimburgo até Speyside, dura, aproximadamente, 4 horas. Mas como beber e dirigir é perigoso e proibido em qualquer local do mundo, você pode deixar seu carro em uma das cidades e pegar um ônibus especial por apenas cinco libras. No trajeto, que dura uma hora, você poderá visitar destilarias de renome mundial e conhecer muito mais sobre o mundo de uma das bebidas mais apreciadas do planeta. Além da Trilha do Whisky, as duas cidades possuem um incontável número de lojas, restaurantes e atrações exclusivamente ligadas à produção do scotch.
Uma grande surpresa .
Apesar de Edimburgo ser a capital, a maior cidade escocesa é Glasgow. Ela é tão encantadora quanto a sua arquirrival, a capital. De uma vida cultural intensa e repleta de museus e arte, Glasgow é perfeita para quem deseja caminhar e aproveitar sem pressa, os diversos Pubs que se espalham por todas as ruas. É lá também que você vai encontrar a Golden Z, a meca de quem deseja fazer boas compras. Além de enormes shoppings, há centenas de lojas de ruas que vão de marcas internacionais à designers exclusivos. Separe algumas libras para voltar para o Brasil cheio de sacolas. Com tantos atrativos, fica difícil não se apaixonar pela Escócia. Um país diferente e hospitaleiro que, a cada ano, vem ganhando mais e mais turistas. Por isso, beba mais uma dose e faça um brinde a este lugar mágico.
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