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Pais e filhos. A difícil tarefa de educar

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Podemos perceber cada vez mais a grande dificuldade que os pais estão apresentando na hora de educar
seus filhos.
Não existe manual. Numa época conturbada, de transição de valores e rapidez de informações, e ambos os pais trabalhando fora de casa, a educação carece de mais atenção.
Os jovens estão cada vez mais sem limites e indisciplinados. Os pais estão bastante permissivos e culpados. Parecem não saber a diferença entre autoritarismo e autoridade. Filhos que mandam em
seus pais e que têm mais diretos do que deveres, mais liberdade que responsabilidade, recebem mais do que retribuem, quando o certo seria ao contrário.
Responsabilidades de cada parte. Podemos notar também como é crescente o número de pais que tentam passar a responsabilidade de
educar os filhos para Escola e a dificuldade que esta apresenta quando os alunos chegam totalmente sem limite, sem respeito pela autoridade do professor e pelos colegas de sala.
O dever de educar é de ambos os pais. Esta responsabilidade não deve ser passada a terceiros. Os filhos precisam ouvir mais a palavra “não” com firmeza e convicção sem retroceder nos castigos e proibições. Isso deve ser aprendido desde cedo. Não deve ser permitido à criança e ao adolescente fazerem em casa e na escola o que não lhes é permitido fazer na sociedade.
Os pais devem ensinar o que pode e o que não pode, o que é adequando e o que não é, o que é essencial e o que é supérfluo.
Mostrando os caminhos. Um grande erro cometido por muito pais é o de querer suprir suas ausências agradando os filhos com excesso de presentes, regalias, permissividade, que resulta


em falta de autoridade e poucos limites. Os filhos devem aprender quem manda, quem ocupa o lugar de lei. Devem aprender a respeitar seus pais.
Precisam saber que existem direitos e deveres. E que para terem direito, primeiro devem cumprir com seus
deveres.
Regras e limites são necessários para a vida, assim como é necessário que haja essa cobrança por parte dos pais. Não se deve ser nem tão liberal, nem tão exigente. Necessário se faz que os pais respeitem os filhos sem julgá-los. Eles devem julgar suas atitudes, já que é o problema deve ser atacado e não a pessoa. Não se deve rotular e nem comparar os filhos. Quando os pais proibirem algo aos filhos, devem oferecer opções de coisas que eles podem fazer, já que a proibição em si torna-se paralisante. Os motivos da proibição e do ”não”, devem ser explicados e seguidos de sugestões saudáveis de coisas que a eles sejam permitido fazer.
Educar é uma tarefa árdua e que como tudo na vida, se quisermos fazer bem feito, requer atenção, sacrifício, esforço e persistência.
Essa matéria é uma colaboração de Aline Cataldi. Psicóloga Clínica e Escolar (PUC) e Mestre em Saúde
Mental (UFRJ).

 



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